sexta-feira, 26 de abril de 2013


Por Wayne Grudem 
1. Deus não pode mentir ou falar falsamente.

A essência da autoridade da Escritura é a sua capacidade de compelir-nos a crer nela e a obedecer-lhe, tornando tal crença e obediência equivalentes a crer e a obedecer ao próprio Deus. Porque as coisas são assim, é necessário considerar a veracidade da Escritura, pois, se pensamos que algumas partes da Escritura não são verdadeiras, naturalmente não seremos capazes de crer nelas.
Visto que os escritores bíblicos repetidamente afirmam que as palavras da Bíblia, embora humanas, são as próprias palavras de Deus, é apropriado olhar para os textos bíblicos que falam a respeito do caráter das palavras de Deus e aplicá-los ao caráter das palavras da Escritura. Especificamente falando, há certo número de passagens bíblicas que falam a respeito da veracidade da fala de Deus. Tito 1.2 declara que “Deus que não mente”. Porque Deus é um Deus que não pode falar mentiras, suas palavras são sempre confiáveis. Visto que toda a Escritura é falada por Deus, toda a Escritura deve ser verdadeira, como Deus o é. Não pode haver nada que não seja verdadeiro na Escritura. Hebreus 6.18 menciona duas coisas imutáveis (o juramento e a promessa de Deus) “nas quais é impossível que Deus minta”. Aqui o autor não diz meramente que Deus não mente, mas que é impossível para ele mentir. Embora a referência imediata seja somente o juramento e as promessas, se é impossível para Deus mentir nessas declarações, então certamente é impossível para ele mentir.

2. Portanto, todas as palavras da Escritura são completamente verdadeiras e sem erro em qualquer parte.
Visto que as palavras da Bíblia são as palavras de Deus, e visto que Deus não pode mentir ou falar falsamente, é correto concluir que não há nada inverossímil nem nenhum erro em qualquer parte das palavras da Escritura. Encontramos isso afirmado em diversos lugares da Escritura. “As palavras do SENHOR são puras, são como prata purificada num forno, sete vezes refinada” (Sl 12.6).Aqui o salmista usa uma figura vivida para falar da indissolúvel pureza das palavras de Deus; não há nenhuma imperfeição nelas. Também Provérbios 30.5 diz: “Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia”. Isso não se diz apenas de algumas das palavras da Escritura, mas de todas elas. De fato, a Palavra de Deus está firmada no céu por toda a eternidade: “A tua palavra, SFNH0R,para sempre está firmada nos céus” (Sl 119.89). Jesus pode falar da natureza eterna de suas palavras: “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt 24.35). Esses versículos afirmam explicitamente o que estava implícito na exigência de que creiamos em todas as palavras da Escritura, a saber, que não há nada que não seja verdadeiro ou que seja falso afirmado em qualquer das declarações da Bíblia. 

Fonte: Teologia Sistemática do Autor; Ed. Vida Nova. 
leia a parte 2: http://areformahoje.blogspot.com.br/2013/04/a-veracidade-da-escritura-part-2-wayne.html 

0 comentários:

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott